Na manhã desta terça-feira (1º), um ônibus escolar tombou na PB-077, entre os municípios de Pilões e Cuitegi, na Paraíba, deixando dois adolescentes mortos e 31 pessoas feridas. O veículo, que transportava estudantes para escolas em Guarabira, era alugado pela Prefeitura de Pilões e não passou por vistoria obrigatória em novembro, segundo o Departamento Estadual de Trânsito da Paraíba (Detran).

Investigação e depoimento do motorista

O motorista do ônibus, Alisson David Galdino do Nascimento, ficou ferido no acidente e foi socorrido para o Hospital de Guarabira. Após receber alta, ele prestou depoimento à Polícia Civil e afirmou que dirigia em baixa velocidade devido às curvas na pista. Segundo ele, o uso excessivo do freio pode ter causado uma falha mecânica, levando à perda de controle do veículo.

O delegado Basílio Rodrigues informou que o condutor será investigado por homicídio culposo. O teste do bafômetro deu negativo, e o motorista possuía habilitação compatível para conduzir o ônibus.

Circunstâncias do acidente

O ônibus tombou em uma curva conhecida como Ladeira do Espinho. Segundo o Corpo de Bombeiros, não há marcas de frenagem na pista, o que pode indicar uma falha nos freios. O veículo se arrastou pelo asfalto e foi contido por uma mureta, evitando que caísse em uma ribanceira.

Vítimas e atendimento médico

Os adolescentes Gustavo Batista Belo da Silva, de 13 anos, e Fátima Antonella Guedes de Albuquerque, de 16 anos, morreram no acidente. Gustavo estudava em uma escola particular em Guarabira, enquanto Antonella cursava o ensino médio e fazia um curso técnico de informática na Escola Cidadã Técnica Integral Dom Marcelo Pinto Carvalheira.

Entre os feridos, uma adolescente de 15 anos teve uma mão decepada. As vítimas foram levadas para o Hospital Regional de Guarabira, o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa e a UPA de Guarabira.

Posicionamento da prefeitura

A Prefeitura de Pilões lamentou o acidente e afirmou que instaurará um procedimento administrativo para apurar as causas. A gestão municipal declarou que o ônibus havia passado por revisão recentemente, mas não especificou qual empresa era responsável pelo transporte escolar.

A Polícia Civil realizará uma nova perícia detalhada no veículo e no local do acidente para esclarecer as circunstâncias da tragédia.