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Carne mais cara: entenda por que o preço subiu pelo terceiro mês consecutivo

Publicada em 10/12/2024 às 12:23h |  

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Frango Assado do Vale

Foto: Reprodução de Rede Social

O preço da carne bovina voltou a pesar no bolso dos brasileiros. Segundo dados divulgados nesta terça-feira (10) pelo IBGE, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) revelou que, em novembro, a inflação acumulada no setor atingiu 15,43% nos últimos 12 meses. Este é o terceiro mês consecutivo de alta, após um período de um ano e meio de retração.

Entre os cortes mais afetados, o patinho liderou o aumento, com inflação de 19,63%, seguido pelo acém (18,33%), peito (17%) e lagarto comum (16,91%). Por outro lado, o fígado foi a única exceção, com uma queda de 3,61% no preço.

Por que os preços estão subindo? Especialistas apontam quatro fatores principais para explicar a alta:

1. Ciclo pecuário

O ciclo natural da pecuária está em um momento de transição. Após anos de muitos abates, especialmente de fêmeas, o número de bois disponíveis para o corte diminuiu. Menos fêmeas sendo abatidas significa maior foco na reprodução, mas isso reduz temporariamente a oferta no mercado. “Esse efeito será sentido até 2026”, explica Felippe Serigati, da Fundação Getúlio Vargas (FGV).

2. Clima desfavorável

A seca prolongada e as queimadas têm prejudicado os pastos, principal fonte de alimento do gado. Com a escassez de pastagens, pecuaristas recorrem a alternativas mais caras para alimentação, o que encarece a produção.

3. Exportações recordes

O Brasil, maior exportador mundial de carne bovina, tem batido recordes nas vendas externas, impulsionado pela alta demanda global. Isso reduz a disponibilidade de carne no mercado interno, contribuindo para o aumento dos preços.

4. Renda em alta

Com o aumento do salário mínimo e a redução do desemprego, a demanda por carne no mercado interno cresceu, exercendo mais pressão sobre os preços.

Previsões para os próximos anos - O cenário indica que os preços da carne podem continuar subindo até 2026. O ciclo pecuário exige tempo para aumentar a oferta de bois prontos para abate. Como explica Thiago Bernardino de Carvalho, do Cepea/USP: “Os bezerros que nascerem em 2025 só estarão prontos para o mercado entre 2027 e 2028.”

Outro fator que pode influenciar no futuro é o recente acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, que prevê redução de impostos para exportações de carne. Embora ainda em fase burocrática, o acordo pode intensificar a demanda internacional, agravando a escassez no mercado interno.

Com os preços mais altos, os consumidores brasileiros precisam buscar alternativas para equilibrar o orçamento. Enquanto fatores climáticos, econômicos e estruturais continuarem pressionando a cadeia produtiva, a carne bovina seguirá sendo um item de luxo para muitas famílias no Brasil.




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