A partir de 1º de fevereiro de 2025, os salários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), dos ministros do governo e dos parlamentares do Congresso sofrerão um aumento significativo. O novo valor será de R$ 46.366,19 mensais, representando um reajuste de 5,4%.
Esse aumento faz parte de um reajuste escalonado aprovado pelo Congresso Nacional em dezembro de 2022, ainda durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O reajuste foi dividido em quatro etapas: janeiro e abril de 2023, fevereiro de 2024 e, finalmente, fevereiro de 2025.
Os novos valores representam um aumento acumulado que varia entre 18% e 50% ao longo dos últimos dois anos, superando a inflação do período, que foi de 10,4%. Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, também terão seus salários reajustados para R$ 46.366,19, um aumento de 18% desde 2022.
Os deputados e senadores, que anteriormente recebiam R$ 33.763,00 mensais, terão um aumento de 37%, enquanto o presidente, vice-presidente e ministros de Estado, que recebiam R$ 30.934,70, terão um aumento de 50%.
O impacto fiscal exato do reajuste ainda não foi informado pelo Ministério da Gestão e Inovação, mas em 2022 o Congresso estimou um impacto de R$ 25 milhões para 2025, incluindo R$ 20,2 milhões para a Câmara, R$ 3,5 milhões para o Senado e R$ 1,3 milhão para o Executivo.
A medida gerou reações diversas. Enquanto alguns defendem o reajuste como necessário para manter o equilíbrio remuneratório entre as autoridades máximas dos Poderes da República, outros criticam o aumento em um momento em que o salário mínimo não tem aumento real há quatro anos e diversas categorias de servidores estão com salários congelados.