Foto: Reprodução - Polícia Federal faz operação contra crimes de armazenamento de abuso sexual infantojuvenil na Bahia — Foto: PF
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (17) a "Operação Material Proibido", com o objetivo de combater o armazenamento e a distribuição de arquivos, imagens e vídeos relacionados ao abuso sexual infantojuvenil pela internet. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão nas cidades de Ilhéus, Itabuna e Aurelino Leal, localizadas no sul e extremo sul da Bahia.
De acordo com a PF, as investigações foram conduzidas com base em trabalho de inteligência, que identificou indivíduos utilizando redes sociais, serviços de e-mail e plataformas de armazenamento para disseminar conteúdo com cenas de abuso sexual. Após a análise pericial do material apreendido e o depoimento dos investigados, a Polícia Federal irá apurar a participação de cada um nos crimes.
Além dessa operação, a PF, em parceria com a Polícia Federal de Campinas e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), também executou ações em outras cidades da Bahia e em mais cinco estados. O foco dessa operação é uma quadrilha envolvida em crimes violentos, roubo de cargas, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, que atua especialmente nas regiões Sudeste e Nordeste.
No total, foram expedidos 19 mandados de prisão temporária e 21 mandados de busca e apreensão, afetando pessoas físicas e empresas em São Paulo, Minas Gerais, Sergipe, Bahia, Pernambuco e Alagoas. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 380 milhões em bens e valores relacionados aos investigados.
Durante a operação, a PF apreendeu dinheiro em espécie, cartões bancários, veículos, armas, munições, e objetos de valor, como relógios e joias, que foram encaminhados para a sede da Polícia Federal em Campinas.
Em Vitória da Conquista, na Bahia, a Polícia Federal também lançou a operação "WORMS", destinada a desarticular uma associação criminosa envolvida em furtos eletrônicos e desvio de valores de contas bancárias. Esta operação é um desdobramento da "Operação Não Seja um Laranja", de 2022, e investiga um núcleo responsável por desviar mais de R$ 1 milhão em 2021, utilizando contas de laranjas para ocultar os crimes. As penas para os delitos apurados podem ultrapassar 15 anos de prisão.