A operação da Polícia Federal (PF) desarticulou um grupo de  extremista responsável por planejar assassinatos e um golpe de Estado completou 12 horas na noite desta terça-feira (19). O grupo, formado em sua maioria por militares das Forças Especiais do Exército, conhecidos como “kids pretos”, planejava atentados contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A PF cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três de busca e apreensão e 15 medidas cautelares, incluindo o afastamento de funções públicas. Entre os presos, destacam-se:

• Mario Fernandes, general de brigada na reserva, ex-assessor da Presidência de Jair Bolsonaro.
• Hélio Ferreira Lima, tenente-coronel do Exército.
• Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel do Exército, que já estava usando tornozeleira eletrônica.
• Rodrigo Bezerra de Azevedo, tenente-coronel do Exército.
• Wladimir Matos Soares, policial federal.

Os investigados pertenciam ao grupo autodenominado “Punhal Verde e Amarelo”, que usava o treinamento especializado em operações sigilosas para planejar ações extremistas.

De acordo com a PF, o esquema tinha como objetivo desestabilizar as instituições democráticas por meio de atentados políticos. Documentos apreendidos revelaram estratégias detalhadas para eliminar figuras-chave do governo, consideradas pelo grupo como opositoras às suas crenças.

As investigações, iniciadas meses atrás, contaram com interceptações de mensagens e monitoramento das atividades dos suspeitos. A complexidade do plano e a experiência dos envolvidos demonstram a gravidade da ameaça.

A operação foi conduzida em conjunto com a Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e unidades especializadas. Foram apreendidos armamentos de alto calibre, explosivos e documentos que detalhavam as fases do plano criminoso.

Autoridades ressaltaram a organização do grupo e destacaram a importância de ações preventivas para proteger a democracia brasileira.

Os alvos dos atentados se pronunciaram rapidamente após a operação:

•  Presidente Lula: "O Brasil não será refém do ódio. Nossa democracia é inegociável".
• Ministro Alexandre de Moraes: reafirmou a importância da vigilância contra ameaças extremistas.Exército.
• Vice-presidente Alckmin: defendeu a união de todos os brasileiros contra discursos e ações antidemocráticas.

Os suspeitos estão sendo interrogados, e as investigações avançam para identificar financiadores e outros possíveis envolvidos. O governo federal anunciou o reforço da segurança de autoridades e o fortalecimento de ações educativas para combater a radicalização.

Especialistas alertam que episódios como este refletem a necessidade de promover coesão social e vigilância constante contra atos que atentem contra o Estado Democrático de Direito.

Fonte: CNN Brasil