Foto: Reprodução de Rede Social
O policial militar Marlon da Silva de Oliveira, acusado de executar um adolescente em circunstâncias ainda não completamente esclarecidas, passará por audiência de custódia nesta semana. Atualmente, Marlon está detido no batalhão de choque da Polícia Militar, enquanto o caso mobiliza a atenção pública e é investigado pelas autoridades competentes.
A execução ocorreu durante uma abordagem policial em que, segundo testemunhas, o adolescente teria sido atingido por disparos à queima-roupa. Moradores locais e familiares do jovem denunciam abuso de poder e alegam que a vítima não representava ameaça no momento da ação.
A Corregedoria da Polícia Militar já instaurou um inquérito para apurar as circunstâncias do caso. Paralelamente, o Ministério Público acompanha as investigações e pediu celeridade no processo.
Em um ato público realizado ontem, familiares do adolescente, juntamente com membros da comunidade e organizações de direitos humanos, protestaram exigindo justiça. “Meu filho tinha sonhos, ele não era bandido. Queremos que isso não fique impune”, declarou a mãe da vítima, visivelmente emocionada.
A audiência de custódia, procedimento previsto na legislação brasileira, visa assegurar que a prisão de um indivíduo respeite os direitos fundamentais. Nela, o juiz avalia a legalidade da prisão, além de condições de maus-tratos ou abusos.
Especialistas apontam que este caso será um teste para o sistema judicial, dado o crescente número de denúncias sobre violência policial em comunidades periféricas.
Entidades como a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e organizações internacionais de direitos humanos condenaram o ocorrido. “Este caso é mais um capítulo de uma tragédia que expõe as falhas no treinamento e na supervisão das forças policiais. É urgente repensar práticas de segurança pública”, afirmou um representante da Anistia Internacional.
O desenrolar do caso será acompanhado de perto pela sociedade civil, que aguarda por respostas e, principalmente, por justiça.