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Ex-prefeito de Cansanção é condenado a 10 anos de prisão por fraudes em licitações

Publicada em 07/02/2025 às 08:35h -

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Foto: Reprodução/Prefeitura de Cansanção

O ex-prefeito de Cansanção, no norte da Bahia, Ranulfo Gomes, foi condenado pela Justiça Federal a 10 anos, seis meses e 14 dias de prisão. A decisão, proferida pelo juiz federal Fábio Moreira Ramiro, da 2ª Vara Federal Criminal da Bahia, responsabiliza o político por um esquema sofisticado de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos. O prejuízo causado aos cofres públicos foi estimado em R$ 26,5 milhões, entre os anos de 2011 e 2015, período em que Ranulfo estava à frente da administração municipal.

A sentença também condenou outros envolvidos no esquema. O ex-pregoeiro José Marcos Santana de Souza e a ex-secretária municipal de Educação, Valdirene Rosa de Oliveira, também foram considerados culpados pela Justiça. Valdirene, cunhada do ex-prefeito, foi sentenciada a dois anos e seis meses de prisão por assinar uma solicitação de despesa antes mesmo de sua nomeação oficial.

As fraudes vieram à tona após uma investigação da Controladoria-Geral da União (CGU), que apontou irregularidades na publicação dos editais de licitação. As restrições impostas nos editais limitavam a participação de empresas concorrentes, facilitando a vitória de um grupo específico. O rastreamento das movimentações financeiras confirmou que Ranulfo Gomes era o principal beneficiário do esquema, tendo recebido um total de R$ 444 mil em 56 transferências realizadas pela empresa envolvida na fraude.

A Operação "Making Of", deflagrada em 2015, revelou que entre 2013 e 2015, quatro pregões presenciais foram fraudados para favorecer a empresa Taveira Comercial de Combustíveis. Para ocultar sua ligação direta, o ex-prefeito teria registrado a empresa em nome de "laranjas", incluindo o filho de um amigo próximo e um ex-gerente de um posto de gasolina.

Durante as investigações, foi constatado que, entre 2011 e 2014, a empresa beneficiada recebeu R$ 5,13 milhões da Prefeitura de Cansanção e R$ 2,03 milhões do Fundo Municipal de Saúde. A análise dos contratos revelou a existência de superfaturamento, com sobrepreços que chegaram a R$ 126 mil em uma única licitação.

A Justiça Federal considerou que a participação dos demais réus foi essencial para o sucesso do esquema criminoso. A defesa dos condenados ainda não se manifestou oficialmente sobre a sentença.

A condenação de Ranulfo Gomes reforça o compromisso das autoridades no combate à corrupção e ao mau uso dos recursos públicos, garantindo a responsabilização de gestores que se envolvem em práticas ilícitas.

 Fonte: g1 




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