Em 30 de abril de 2024, o Brasil atingiu um marco preocupante: 2.073 mortes confirmadas por dengue. Além disso, outras 2.291 mortes estão sob investigação, conforme os dados mais recentes do Painel de Monitoramento das Arboviroses, alimentado com informações do Ministério da Saúde.
Este é o maior número de mortes confirmadas desde o início do registro de dados em 2000, superando o recorde anterior de 1.094 mortes em 2023. Nos primeiros quatro meses de 2023, o Brasil registrou 671 mortes, 1.402 a menos do que no mesmo período em 2024.
Em 29 de abril de 2024, o país registrou 4 milhões de casos prováveis de dengue. Com 4.127.571 casos em 2024, o Brasil superou os anos de 2015 e 2023, que até então detinham os maiores números de infecções, com 1.688.688 e 1.641.278 casos, respectivamente.
O aumento significativo de casos em 2024 está relacionado a fatores como mudanças climáticas e a circulação de mais de um sorotipo do vírus da dengue.
De acordo com o Ministério da Saúde, 13 estados e o Distrito Federal apresentam tendência de queda na incidência da doença. Por outro lado, cinco estados apresentam tendência de aumento: Ceará, Mato Grosso, Pará, Sergipe e Tocantins.
Para combater a proliferação do mosquito transmissor da dengue, o Ministério da Saúde recomenda uma série de medidas preventivas, como manter a caixa d’água bem fechada, receber bem os agentes de saúde e de endemias, amarrar bem os sacos de lixo, colocar areia nos vasos de plantas, guardar pneus em locais cobertos, limpar bem as calhas de casa e não acumular sucata e entulho.
Atualmente, todos os quatro sorotipos da doença circulam no país, uma situação considerada “incomum” pela secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel.
Os sintomas da dengue variam de leves a graves e geralmente aparecem de 4 a 10 dias após a picada do mosquito infectado. O tratamento da dengue visa aliviar os sintomas e garantir a recuperação do paciente, incluindo hidratação adequada, uso de analgésicos e antitérmicos, repouso, acompanhamento médico e evitar a automedicação. Em casos mais graves, é crucial procurar assistência médica para monitoramento e tratamento adequado.
